‘How the Sun Sees You’ quase foi anúncio





















Hoje o Breaking Marketing & Design aborda um popular vídeo, conhecido por “How the Sun Sees You”. Não é uma novidade absoluta, caro leitor, pois o vídeo contava, à data desta publicação, com cerca de 12 milhões de visualizações. Contudo, para o leitor mais distraído, fica a explicação do conceito da campanha e, também, uma questão: “e se este vídeo tivesse sido um anúncio?”. Quase que foi caro leitor, quase que foi…
Antes de mais, vamos à explicação. Em consonância com o Verão, o cineasta anglo-americano Thomas Leveritt realizou um pequeno vídeo que alerta para os malefícios do sol. Leveritt quis capturar e divulgar as reacções de pessoas enquanto estas se observavam em luz ultravioleta (U.V.). Quem se ofereceu para pousar em frente à câmara de Leveritt – especialmente concebida para o efeito – tornou-se num surpreendido protagonista de uma campanha de sensibilização.
Sardas, manchas escuras e rugas: estes foram alguns dos sinais de danos e envelhecimento precoce com que os incautos transeuntes se depararam, cara-a-cara. A maioria dos participantes apresentava uma pele saudável quando vista a olho nu, mas a câmara U.V. revelou uma realidade bem diferente. A dita câmara demonstrou, ainda, o efeito dos cremes protectores solares. Ao aplicarem o creme os participantes viram surgir uma mancha escura e opaca que, na prática, bloqueia os raios U.V. e os impede de atingirem a nossa pele, prevenindo cancro e outras doenças da pele provocadas pelo excesso de exposição solar. 
O sucesso do vídeo deverá ter deixado alguns cibernautas a pensar: “isto dava um excelente anúncio!”. E daria, caro leitor. Aliás, Thomas Leveritt, o autor do vídeo, propôs, originalmente, a ideia a marcas de produtos relacionados com o cuidado com a pele, mas acabou por decidir filmar de forma independente e criar uma campanha sem fins comerciais. Quem ficou a perder foram as marcas e explicamos porquê no parágrafo abaixo, caro leitor. 
Como temos vindo a afirmar no Breaking Marketing & Design, o efeito viral – particularmente associado a conteúdos em vídeo – é uma tendência confirmada no campo da comunicação. Os próprios consumidores tratam de divulgar, entre si e através das redes sociais, conteúdos criados por marcas e organizações que, beneficiando deste fluxo multilateral, ganham milhões sob a forma de notoriedade e poupam-nos na conta bancária. Por isso mesmo, as diferentes marcas que comercializam protectores solares estarão, a esta hora, a fazer uma de três coisas: (1) a lamentarem-se por não terem tido a ideia primeiro; (2) a lamentarem-se por não terem aceitado a ideia de Leveritt quando este a ofereceu; ou (3) a conjecturar uma forma de colaborarem com o realizador.

Para consultar outros artigos publicados no BM&D acerca do fenómeno viral, aceda ao menu “Ver por tema”, na barra de navegação, e clique em “Viral”. Para já, assista ao vídeo “How the Sun Sees You”.


Texto: Luís Lima
Fotografia: Direitos Reservados

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